segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Texto - Dia da Árvore



Mesmo com a famosa e reconhecida biodiversidade brasileira, 80% das árvores plantadas na cidade de São Paulo são formadas por árvores europeias e asiáticas. Dá para acreditar? Isso aconteceu por um motivo cultural, por causa daquela conversa boba de que tudo quanto é estrangeiro é melhor. E esse papo era ainda mais forte no século 19, quando os governantes acreditavam que era chique fazer o Brasil parecer a Europa.

Atualmente, as pessoas estão mais conscientes, por isso, o cambuci, uma espécie nativa da Mata Atlântica paulistana que produz frutos saborosos, está começando a ganhar destaque novamente (leia matéria Resgate no Cambuci), mas está longe de ser facilmente encontrada na cidade. Ainda é mais vista nas zonas Sul e Leste da capital. “Há cem anos, encontraríamos muitos cambucis, até na avenida Paulista. Hoje, a situação é diferente e a prefeitura não recomenda o plantio de árvores frutíferas porque atrai pessoas, insetos e faz sujeira”, conta o Ricardo Cardim, da Associação Amigos das Árvores de São Paulo. “Não concordo. Acho que são males pequenos frente aos benefícios que elas trazem para as pessoas”, completa.

O botânico acredita que as árvores frutíferas são as melhores para conectar as pessoas com o verde porque são mais valorizadas e tornam mais clara a relação entre natureza e qualidade de vida. As frutas atraem bichinhos, como pássaros, para comê-las e acabam aumentando a presença de aves no local, equilibrando o ciclo natural.

O QUE ELAS TRAZEM DE BOM
Onde tem árvore o bem-estar é maior. São nos locais mais arborizados que as pessoas sentem a temperatura mais amena, o tempo mais fresquinho, aproveitam a maior quantidade de sombras e maior umidade do ar. São nesses lugares, também, que o risco de enchentes é menor.

Funciona assim: 70% da água da chuva ficam “presos” na copa das árvores e, depois, essa água é conduzida pelo tronco para o solo e até o lenço l freático. Se, em vez de árvores só existem postes e cimento, a água escorre pela rua e inunda tudo, sem ser absorvida. “Se a cidade fosse muito bem arborizada como Paris e Madri, formando corredores verdes, não teríamos esse tipo de problema”, diz Ricardo.

Mas o especialista conta que a história da urbanização de São Paulo contribuiu para esse quadro, já que muitas construções invadiram as várzeas. Ele explica que o rio Tietê - que enche e transborda com mais freqüência do que deveria - tinha pântano e brejo em suas margens, portanto, as inundações ficavam restritas a elas. Como os homens construíram em volta da várzea e colocaram o rio em um canal, quando a água da cidade escoa para o Tietê, ele enche e transborda.

As matas ciliares protegem os rios como os cílios protegem os olhos. Essas matas evitam que caia terra dentro do rio. Afinal, à medida em que a terra cai, o rio perde profundidade, então, cabe cada vez menos água e ele transborda. Além disso, a mata ciliar filtra a água que desce em direção ao rio, a torna mais pura e alimenta os peixes que moram ali.

Outra contribuição muito importante se refere à umidade do ar - ou à falta dela, no caso de SP. Enquanto a árvore faz fotossíntese, ela libera umidade, além de filtrar gases tóxicos como o monóxido de carbono e amenizar as ilhas de calor, que é acontece quando se forma uma zona desértica por causa da quantidade de pedras e de concreto que acumulam o calor do sol. “Quando tem área de floresta, o calor do sol é absorvido pelas copas e a sensação é melhor. Um estudo da Unesp mostrou que a diferença entre um bairro arborizado e o centro, que tem poucas árvores, é grande. O centro pode estar 12ºC mais quente”, afirma Ricardo.

MÃOS À OBRA
De toda essa conversa, o mais importante é aprender que as árvores são muito importantes para sua saúde, seu bem-estar e sua cidade, não apenas um símbolo de florestas que ficam lá longe. Plantar árvores é sempre bom, mas o melhor a fazer é cuidar das árvores que já existem. “Precisamos vencer aquele preconceito de que árvore solta folha, quebra calçada, prejudica a cidade. É uma ideia antiga das pessoas mais velhas que precisa desaparecer. A árvore é amiga da cidade”, diz o botânico.

Mas se você está superempolgado em plantar árvores para comemorar o dia delas, ótimo. Só é preciso saber o que plantar para não colocar espécies invasoras à solta. Essas plantas (e animais também) são competitivas a ponto de não deixarem as nativas crescerem. Elas dominam o ambiente e eliminam alguns exemplares de forma que a floresta fique cada vez mais pobre, com menor biodiversidade.

“É muito mais legal plantar do que comprar uma espécie: começar num copinho, passar para um vasinho, colocar numa praça e ver, 20 anos depois, que ela cresceu como você”. Animou? Veja abaixo algumas das sugestões da Associação dos Amigos das Árvores de São Paulo.

1.Pequeno porte – até 5 metros de altura
- araça (Psidium sp.) – frutos, atrai fauna, ornamental;
- pitangueira (Eugenia uniflora) – frutos, atrai fauna, ornamental e
- cambuci (Campomanesia phaea ) - frutos saborosos, árvore símbolo de São Paulo.

2. Médio porte – até 10 metros de altura
- pata-de-vaca (Bauhinia forticata) – floração branca, ornamental;
- aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolius) – atrai avifauna e
- jabuticabeira (Eugenia cauliflora) – atrai avifauna.

3. Grande porte – mais que 10 metros de altura
- pau-marfim (Balfourodendron riedelianum) – ornamental;
- jacarandá-paulista (Machaerium villosum) – ornamental e
- ipê-amarelo (Tabebuia ochraceae) – flor, ornamental.

Texto - Dia da Paz

21 de setembro - DIA DA PAZ!
(Por Heidi Strecker* Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação)



Para muita gente, a paz é uma realidade cotidiana: acordar, ir à escola ou ao trabalho, se alimentar, ver televisão, brincar, dormir. Mas para muitas crianças e adultos, essa realidade é um sonho distante. Essas pessoas vivem em nações em guerra, em regiões em conflito, são refugiadas, suas casas estão destruídas.

A paz é um bem precioso e temos que lutar por ela. Criar pontes entre pessoas de crenças e culturas diferentes. Para fazer algo em favor da paz a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) criou, em 1981, o Dia Internacional da Paz.

Qual o valor da paz em nossa vida pessoal? Em casa, na escola, será que basta cada um viver sua vida, sem se importar com o outro, para viver em paz? Não, muito pelo contrário. A paz é difícil de ser construída. Para ter paz é preciso criá-la e lutar por ela todos os dias. Construir a paz significa ter tolerância, aceitar as diferenças, conviver com o outro. E se há conflito como chegar a um acordo? Conversando, negociando, propondo alternativas.

Será então que basta obedecer às regras e fazer tudo certinho? É isso viver em paz? Aceitar injustiças, fechar os olhos? Ter paz, ao contrário, é ter os olhos bem abertos. Sentir harmonia entre o que a gente pensa e o que sente. Agir como a gente acha que é certo. É difícil, mas é isso que significa ter paz no coração. Ter a mente tranqüila.

Paz e liberdade
Entre os governos e os países a paz também é difícil de ser construída. Paz não é apenas ausência de guerra ou de conflitos. Um povo oprimido e escravizado não é um povo que vive em paz. Um povo apático e alienado também não vive em paz. Para haver paz é preciso haver liberdade.

Outro ponto a se pensar é que o tecido social não é sólido se não há igualdade ou justiça. Dentro de uma sociedade sem igualdade e sem justiça há espaço para a violência. A paz precisa de justiça.

Há muitas formas de celebrar o Dia da Paz. Soltar uma pomba branca, recortar mil bandeiras brancas, conversar com quem está ao nosso lado ou fazer um minuto de silêncio pelas pessoas que estão em guerra. Fazer um desenho, criar um poema ou fazer uma pesquisa para descobrir quantas nações estão em conflito, hoje, neste momento. O conhecimento é uma arma muito importante em favor da paz. Tudo isso vale. E muito.

*Heidi Strecker é filósofa e educadora.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Música - Tudo Tudo, Chiquititas

Essa música de tão simples é linda.



Fique bem atento para ver sair o sol,
Para se dar conta que o dia vai ser bom.
Tem que inventar truques para enganar a dor
Quando estamos tristes, temos que encontrar o coração.

Refrão
Tudo, tudo, tudo é teu é só querer
Você quer?
E com um sorriso
É fácil de viver...
É muito importante
Bastante gargalhadas, háháhá!
E já,já,já
Não te dói mais nada?

Não se compra um sorriso nem se vende o amor
Não há como pagar é muito caro o coração
Aqui só te ensinam, tudo tem que se pagar,
Mais o meu sorriso,
Ninguém vai poder comprar.

Tudo, tudo, tudo é teu é só querer
Você quer?
E com um sorriso
É fácil de viver...
É muito importante
Bastante gargalhadas, háháhá!
E já,já,já
Não te dói mais nada?


Composição: Cristina De Giácomi e Carlos Nilson